quarta-feira, 23 de maio de 2012


Carta à minha Mãe

 

Quis visitar-te o anônimo jazigo

Em que a humilde em paz se nos revela,

Contemplo a cruz, antiga sentinela

Erguida ao lado de um cipreste amigo.



Busco a memória e vejo-te comigo;

Estamos sob o verde de aquarela,

Teu sorriso na túnica singela

É a luz brilhando neste doce abrigo.



Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste,

Subindo para os sóis do Lar Celeste

Para ensinar as trilhas da ascensão...



Venho falar-te, em prece enternecida

Do amor imenso que me deste à vida,

Nas saudades sem fim do coração.

                                   Auta de Souza



 (Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier,
 na noite de 12 de março de 1989 no
 Grupo Espírita da Prece – Uberaba-MG)



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