terça-feira, 8 de maio de 2012


Margarida


Era a flor preferida
Da dona desse jardim
onde, em canteiros sem fim
Havia as flores mais garridas
Que Deus na terra pusera...
Fosse Inverno ou Primavera,
Havia sempre uma flor
Cuidada com muito amor.
E toda a gente pensava:
Feliz de quem ali vive,
Feliz de quem ali mora...
Ninguém sabia, porém,
Que lá dentro havia alguém
Que pedia a toda a hora
A vinda de uma menina, que tardava,
E que nunca mais chegava.
As flores do seu jardim
Eram promessa ao Senhor
De plantar sempre uma flor
Até que chegasse um dia
A criança tão esperada.
No dia em que ela viesse
Ser-lhe-ia dado o nome
Da sua flor preferida.
E o Senhor fez-lhe a vontade,
Pra sua felicidade
Veio ao mundo
                                    a Margarida!

Célia C R Santos Caleira
Poetisa Portuguesa

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